notícia completa:

COMO A NEUROMODULAÇÃO AJUDA NO TRATAMENTO DA DOR CRÔNICA?

A neuromodulação é uma área em constante expansão na medicina da dor, que engloba várias terapias capazes de reorganizar a atividade neural.

Como a dor crônica, muitas vezes, está associada a alterações nessa atividade, que podem levar a um estado de sensibilização central (onde o sistema nervoso se torna mais sensível à dor), a neuromodulação pode atuar diretamente nesses processos, modificando a atividade neural de modo a reduzir a sensibilização e, assim, diminuir a intensidade da dor.

Além disso, a neuromodulação também pode modular a atividade de outras áreas do cérebro e do sistema nervoso periférico envolvidas no processamento da dor, o que também pode contribuir para o alívio da sensação dolorosa.
No geral, os métodos agem por meio de dispositivos específicos, como eletrodos, que são colocados na superfície do corpo ou implantados próximas ao tecido nervoso. Esses dispositivos enviam sinais para as regiões envolvidas na transmissão de dor.

As técnicas utilizadas podem ser não invasivas, minimamente invasivas ou cirúrgicas, e são indicadas de acordo com a gravidade e o tipo de dor.

NEUROMODULAÇÃO: QUANDO É INDICADO?

A neuromodulação pode ser indicada em casos de dor neuropática, dor de origem musculoesquelética, dor visceral, entre outras condições.

A escolha da técnica mais adequada para cada caso depende de diversos fatores, como a localização da dor, a intensidade dos sintomas, a duração da sensação dolorosa, a presença de outras condições médicas, entre outros aspectos. Por isso, é importante que o paciente seja avaliado por um médico especialista, que poderá determinar a melhor abordagem terapêutica para o seu caso específico.

A NEUROMODULAÇÃO TEM RISCOS?

Como qualquer procedimento médico, a neuromodulação apresenta, sim, riscos e potenciais efeitos colaterais. No entanto, eles são geralmente considerados baixos, especialmente quando a técnica é realizada por profissionais experientes e qualificados.

É importante ressaltar que a dor crônica é uma condição complexa e multifacetada, que pode ter diversas causas e manifestações. Por isso, visando eficácia e segurança, a recomendação da neuromodulação para dor crônica deve ser feita sempre de forma individualizada, levando em consideração as características de cada pessoa e do quadro clínico.

Referência: www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(21)00794-7/fulltext.


____________________________________
Dra. Alexandra Raffaini
Anestesiologista com Área de Atuação em Dor
CRMSP: 122096 / RQE: 774251



Facebook
Twitter
LinkedIn