tratamento da dor

BLOQUEIOS NO TRATAMENTO DA DOR

A medicina Intervencionista da Dor tem se empenhado cada vez mais na busca de cuidados, técnicas e ferramentas para os tratamentos das síndromes dolorosas. São vários os procedimentos que se enquadram dentro desse tipo de tratamento, entre eles estão os bloqueios. O bloqueio consiste na administração de uma ou mais medicações (anestésicos, antiinflamatórios ou outras substâncias) em uma estrutura especifica que pode ser nervo, plexo, músculo, espaço peridural?. Os bloqueios tem duas importantes funções: a primeira é diagnóstica possibilitando, muitas vezes, o reconhecimento da estrutura que esta desencadeando o quadro doloroso, outra função é contribuir com o tratamento da dor.

Esse procedimento é comumente utilizado no tratamento de diferentes tipos de dor como as musculares, decorrentes de hérnia de disco e outras dores na coluna, artroses, cefaleia, dor pós-operatória, neuralgia pós-herpética, síndrome dolorosa complexa regional entre outras. Os bloqueios são normalmente realizados guiados por um método de imagem como ultrassonografia ou radioscopia aumentando a acurácia e segurança do procedimento.

Os procedimentos minimamente invasivos juntamente com o tratamento farmacológico são os pilares do tratamento da dor que afeta em torno de 70-80% das pessoas em algum momento da vida, uma estimativa de 60 milhões de pessoas somente no Brasil. Se considerarmos apenas as dores crônicas, a prevalência é de 11 a 55%, uma média de 35,5%, segundo dados da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED).

Os bloqueios tem como alvo o nervo sensorial desencadeante da dor, ou determinada área do corpo. A técnica é utilizada com o objetivo de interromper os sinais dolorosos, reduzindo o desconforto. A duração de cada bloqueio varia de acordo com o tipo de dor e procedimento realizado.

Os recursos utilizados pela medicina intervencionista da dor, também denominado de bloqueios diagnósticos/ prognósticos ou terapêuticos, podem fazer a diferença na vida das pessoas que sofrem com as síndromes dolorosas, ajudando a controlar a dor e devolver qualidade de vida.

Referências bibliográficas:
http://www.sbed.org.br/sites/arquivos/downloads/fasc_cro_persist.pdf
http://www.scielo.br/pdf/ /rba/v57n1/11.pdf